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Neutralidade no conflito Rússia-Ucrânia não compromete eleição do país ao CS-ONU


 A neutralidade de Moçambique em relação ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia não vai comprometer a eleição do país ao Conselho de Segurança das Nações Unidas na Assembleia-geral que terá lugar a 9 deste mês, na sede da organização, em Nova Iorque, Estados Unidos da América.
A convicção é do enviado especial da candidatura de Moçambique ao órgão, Leonardo Simão, que falava ontem à imprensa moçambicana em Nova Iorque, explicando que é uma “neutralidade activa” que está a ser devidamente explicada e cada vez mais compreendida pelos vários países.
“A nossa posição não significa indiferença. Significa que Moçambique não condena nenhuma das partes, mas sim advoga uma solução negociada do conflito. Esta posição não só está a ser cada vez mais entendida, como também vários países, incluindo os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estão apregoar esta via como solução para o conflito”, explicou.
Simão descarta assim a possibilidade de veto dos membros permanentes à eleição do país ao órgão que zela pela manutenção da paz e da segurança internacional, justificando que, caso contrário, ao longo da campanha de candidatura teria havido sinais nesse sentido. Pelo contrário, nota-se apoio de todos à nossa pretensão.
O diplomata diz que há grande expectativa quanto ao desempenho de Moçambique no órgão, sobretudo pelos países que têm eles próprios conflitos ou nas suas regiões, os quais esperam soluções, tendo em conta a longa experiência que possuímos na resolução destes problemas.
Neste derradeiro momento da campanha, Simão disse que se procura garantir que o apoio demonstrado desde o lançamento da corrida, a 16 de Setembro do ano passado, se concretize em voto favorável no dia 9 deste mês, quando os 193 membros das Nações Unidas escolherem os cinco membros para o assento rotativo para o período 2023-2024.
Além de Moçambique, concorrem este ano como membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas o Equador, Malta, Japão e Suíça, todos endossados pelas respectivas, devendo juntar-se a outros dez para totalizar os 15 membros que compõem o órgão.
Moçambique leva ao Conselho de Segurança a sua longa experiência na resolução de conflitos, desde os tempos da luta de libertação nacional até ao momento, como a participação na luta pela libertação do Zimbabwe, que foi por imperativo do Conselho de Segurança; a luta contra o apartheid na África do Sul; os processos internos para a paz e segurança, como o Acordo Geral de Paz de 1992, que foi “abençoado” pelo Conselho de Segurança.
Sendo um dos principais pontos de agenda do Conselho de Segurança da ONU actualmente, Moçambique também vai partilhar com o mundo como concebeu o combate ao terrorismo, por exemplo, como defender as populações deste fenómeno mundial e como integrar a dimensão desenvolvimentista.
Caso seja eleito, o nosso país vai substituir o Quénia, actual representante do continente africano no órgão.

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