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Combate às mudanças climáticas: Ana Comoane defende intervenção conjunta

Moçambique defendeu esta terça-feira (13), no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), um multilateralismo interventivo em todas as questões temáticas com potencial para contribuir para promover o bem-estar da humanidade.

Num debate aberto de alto nível sobre “Clima, paz e segurança”, a ministra da Administração Estatal e Função Pública, Ana Comoane, apresentou a posição do país sobre o tema por ocasião do debate aberto ministerial da presidência rotativa mensal dos Emirados Árabes Unidos do Conselho de Segurança, o órgão das Nações Unidas do qual Moçambique é membro não-permanente no biénio 2023-2024.

Como exemplo do referido multilateralismo, a ministra aponta o caso da agenda global de combate às mudanças climáticas e mitigação dos seus efeitos, sobretudo tomando em consideração o “cada vez mais incontornável” nexo entre o clima, a paz e segurança internacionais.

“Na conjuntura actual, a par do terrorismo global, as mudanças climáticas constituem uma ameaça e um flagelo em todas as latitudes e longitudes do planeta terra. Nenhum país está imune a este mal. Nenhum país é capaz, de forma individual, de combater as mudanças climáticas e mitigar os seus efeitos. Isso justifica a pertinência do reforço da cooperação internacional sobre esta temática”, defendeu.

Ademais, como se tem assistido, a ocorrência de fenómenos climáticos extremos é frequente e com “proporções catastróficas”, e Moçambique deixou a entender que isso impõe aos governos desafios de sistematização da sua abordagem desde o enfrentamento à gestão do risco de desastres.

“A título ilustrativo, vários países têm estado a enfrentar secas prolongadas devido à irregularidade de chuvas. Essa situação gera a insegurança alimentar e a degradação da qualidade de vida da população em face da destruição de infra-estruturas essenciais na sequência de cheias e ciclones”.

Comoane ainda descreveu um cenário em que a ocorrência sistemática e predominante dos eventos climatológicos extremos (secas, cheias e ciclones) precipita grandes deslocações da população das zonas de risco para as consideradas seguras, causando nas áreas de hospedagem grande pressão sobre os já escassos recursos de sobrevivência, factores que tendem a contribuir para a ocorrência ou reprodução de conflitos.

“Moçambique é disso o exemplo. O nosso país tem sofrido ciclicamente com os efeitos adversos das mudanças climáticas. Em 2019, os ciclones Idai, Kenneth causaram cerca de 500 mil deslocados internos nas províncias de Sofala, Zambézia, Manica, Tete, Nampula e Cabo Delgado, e mais recentemente o ciclone tropical Freddy devastou a região centro de Moçambique, afectando cerca de 1,3 milhão de pessoas”, revelou.

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