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Chissano destaca inclusão na busca da paz

O antigo Presidente da República Joaquim Chissano defendeu esta sexta-feira (17), na Conferência Internacional Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a busca da paz deve ser um processo inclusivo.

Num painel, o primeiro da sessão de abertura da reunião, que contou com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi, Chissano fez uma retrospectiva da trajectória que Moçambique precisou percorrer para a promoção da paz, desde os tempos da luta armada de libertação nacional até aos esforços na arena internacional.

Durante a sua intervenção, o antigo estadista moçambicano ressaltou a importância crucial do diálogo na busca da paz, citando o legado do fundador da Frente de Libertação Nacional (FRELIMO) e arquitecto da unidade nacional, Eduardo Mondlane. Fez ainda menção à transição de um regime opressor para um outro de fraternidade, em consonância com os ideais das Nações Unidas.

O papel significativo desempenhado por Moçambique na luta pela emancipação política da África Austral foi enfatizado por Joaquim Chissano, que é também patrono da Fundação Joaquim Chissano. Destacou os esforços do país em mediar conflitos, especialmente no apoio aos diálogos para as independências do Zimbabwe e Namíbia, bem como a democratização da Africa do Sul.

Recordou o papel do primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Machel, no envolvimento de actores externos, como os Presidentes Robert Mugabe, do Zimbabwe, e Daniel Arap Moi, do Quénia, na persuasão da Renamo a aceitar o diálogo com o Governo moçambicano.

Chissano também falou do histórico Acordo Geral de Paz, sublinhando o compromisso contínuo com a estabilidade por meio da adopção de um parlamento multipartidário, tendo apontado a revisão constitucional como um elemento crucial na consolidação das conquistas da paz e na garantia da continuidade do progresso alcançado.

O antigo Presidente da República enfatizou a persistência do Governo moçambicano na busca da paz e unidade nacional, apontando como marcos importantes para esse desiderato os acordos de Lusaka, de Nkomati e o Acordo Geral de Paz.

Expressou ainda a necessidade de envolver toda a população moçambicana no processo de construção da paz, com formas inclusivas de fortalecer a confiança mútua.

Joaquim Chissano discursou em torno do tema “Experiência de Moçambique na construção da paz”, na conferência internacional subordinada ao tema “Promovendo a paz e segurança internacionais”.

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