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RAUL DOMINGOS CONF INT CSNU

Raul Domingos: Não se deve correr para alcançar a paz

O embaixador da República de Moçambique na Santa Sé e negociador do Acordo Geral da Paz de 1992 pela Renamo, Raul Domingos, defende que não se deve correr para alcançar a paz, mas sim discutir os assuntos passo a passo, de modo que se consigam consensos duradouros.

Domingos falava esta sexta-feira (17), em Maputo, no primeiro painel da Conferência Internacional Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas, subordinado ao tema “O Papel do Diálogo na Construção da Paz em Moçambique: O Caso do Acordo Geral de Paz de 1992 em Roma”.

O embaixador, que disse que o percurso para o alcance da paz envolve vontade política e compromisso de todas as partes, apontou alguns aspectos que considera extremamente importantes para o efeito, como o local, pois, no seu entender, para que as partes dialoguem, devem sentir-se à vontade. Outro aspecto relevante que apontou é a confiança.

“Durante o processo de negociação para a construção da paz, o factor confiança é muito importante”, disse, sublinhando que o diálogo e paz só se conseguem efectivamente com a reconciliação, processo que ainda não está concluído no país.

Domingos contou aos participantes que a sua história na jornada que levou à paz teve início em 1988, quando é nomeado pelo então presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, para com Vicente Ululo representá-lo na visita ao Quénia para ter certeza de que o convite que recebera não era uma isca, mas sim o início do processo para o alcance da paz por via do diálogo.

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