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Nyusi firme no diálogo para a paz e segurança no mundo

O Presidente da República, Filipe Nyusi, esclareceu esta quinta-feira (17) por que razão o país se absteve na votação para a condenação da invasão russa à Ucrânia, em Assembleia-Geral das Nações Unidas havida recentemente.

“A nossa posição não foi de admitir que haja violência, que haja guerra. Não! Foi de dizer sim, dêem espaço ao diálogo para que isso termine. E continuaremos firmes para não permitir que haja guerra”, explicou o Presidente da República, questionado por jornalista portuguesa se a posição neutra de Moçambique no conflito Rússia-Ucrânia não pode comprometer a ambição do país de ser membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Filipe Nyusi, que falava em conferência de imprensa conjunta com o estadista português, Marcelo Rebelo de Sousa, em Maputo, disse que esta posição não significa falta de opinião própria.

“Não vejo onde está o problema. Nós, aqui em Moçambique, temos uma experiência, a experiência de conflitos armados. Todas as vezes, esses conflitos terminaram com o diálogo”, clarificou, manifestando, mais uma vez, o desejo de ver as partes em conflito tomarem o diálogo como a principal arma para que haja prosperidade no mundo.

Nyusi disse estar satisfeito com os passos que estão a ser dados nas conversações entre os dois países, porquanto posição de Moçambique, que condena o recurso à guerra para a resolução de diferendos.

“Já estão a falar-se. Esta é que é a nossa posição. Moçambique não está de acordo com a guerra e isso está claro. Por isso mesmo, nós defendemos que haja diálogo. Não estamos a dizer que A, B, C tem razão, nem estamos a dizer e nunca iremos dizer que morrer é bom, não. Ninguém deve matar outra pessoa, porque existem opções para não se chegar a esta fase. Nós encorajamos o diálogo e essa é a função”.

Rebelo de Sousa, de visita de quatro dias ao país, reafirmou o apoio de Portugal à candidatura de Moçambique a um lugar não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e esclareceu que “não integrou o grupo limitadíssimo de países [além da Federação Russa, apenas quatro) que se opuseram àquilo que foi esmagadoramente aprovado pela Assembleia-Geral da ONU”.

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