A Comissão de Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades da Assembleia da República está atenta ao decurso da campanha de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, suportando o Executivo na busca de apoios que possam garantir confiança internacional suficiente para que o país integre o órgão.
A presidente desta comissão, Catarina Dimande, olha para a candidatura de Moçambique como uma missão do país para uma causa não somente nacional, mas global.
Dimande refere-se à experiência que Moçambique pode partilhar no Conselho de Segurança da ONU para a busca da paz e segurança no mundo por via do diálogo, condenando o recurso às armas para a resolução de controvérsias.
“É neste sentido que nós, como mandatários do povo, estamos ao lado do Executivo nesta missão”, afirma a parlamentar, sublinhando que a candidatura é oportuna para que Moçambique “sente” lado a lado com as grandes potências mundiais e fazer passar a sua voz, alargando, consequentemente, o campo de defesa dos interesses nacionais e globais.
“Os ganhos dessa missão podem não ser aparentemente tangíveis, mas há ganhos intangíveis que, neste momento, como país, ainda não alcançámos, e esta é uma oportunidade para cerrarmos fileiras para tal”, vinca.
A campanha de Moçambique a membro não-permanente daquele que é considerado o órgão mais importante da ONU decorre desde 16 de Setembro de 2021, tendo sido lançada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e vai culminar com a eleição, em Junho, dos membros para o biénio 2023-2024.