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LEONARDO SIMAO

“Experiência de Moçambique na resolução de conflitos é bastante apreciada” – afirma Leonardo Simão

O enviado especial para promover a candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Leonardo Simão, afirma que a experiência moçambicana na resolução de conflitos é “bastante conhecida e apreciada”, pelo que muitas nações estão convictas de que, uma vez no órgão, o nosso país pode ajudar a resolver vários conflitos no mundo, sobretudo africanos.

Segundo o embaixador itinerante, outro aspecto favorável a Moçambique é o facto de ser a primeira vez que o país apresenta a sua candidatura em 46 anos de filiação às Nações Unidas, o que “é muito apreciado”. É que os membros das Nações Unidas defendem rotatividade no fórum, excepto para os cinco membros permanentes.

“O mundo quer que haja maior rotatividade possível de modo a dar oportunidade a todos os países do mundo de servirem nesta instância suprema das Nações Unidas. Portanto, o facto de nos apresentarmos pela primeira vez desperta muita simpatia à nossa causa”, refere.

Simão falou ainda do endosso que o país já tem da União Africana, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Para a nossa fonte, isto significa que não haverá muita disputa de lugar.

“Quando há uma candidatura única para um lugar, isso facilita muito o trabalho da Assembleia-Geral, porque não precisa de escolher entre um e outro, havendo uma eleição quase sem barreira. Noutros grupos, por exemplo o caso da Europa, geralmente, são dois lugares, mas há três candidatos. Então, os membros têm de se dividir em qual dos três apoiar. E sempre há um que fica de fora. Isso cria sempre um certo azedume. No nosso caso, esse factor não existe”, explica.

Segundo Simão, o facto de Moçambique ter apoiado outros países em conflito também mobiliza simpatia.

“Já temos uma experiência, uma trajectória de ajudar outros países a encontrarem soluções para seus diferendos. Portanto, tudo isto, somado, faz com que haja uma simpatia bastante elevada ao nosso pedido em relação à nossa candidatura”, salienta, assegurando que, em termos de campanha, “estamos muito bem”, o que abre boas perspectivas para Moçambique.

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