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JOSÉ MANTEIGAS

“País no CS-ONU poderá defender recurso a vias pacíficas para a paz no mundo” – afirma José Manteigas

José Manteigas, deputado da Assembleia da República pela bancada da Renamo (o principal partido da oposição do país), afirma que Moçambique poderá, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, transmitir a mensagem da necessidade de recurso a todas as vias pacíficas para o alcance da paz e segurança em todo o mundo.

O político, que é também porta-voz da Renamo, aponta o diálogo que caracteriza o país como experiência a partilhar com o mundo enquanto membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Para elucidar a sua colocação, Manteigas recorre às conversações que colocaram término à guerra civil a 4 de Outubro de 1992, com a assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma, a capital italiana.

Mas também se refere ao acordo de 5 de Setembro de 2014 (entre o Governo e a Renamo), para a cessação imediata das hostilidades militares em todo o país depois de mais de 70 rondas de conversações, como ainda ao acordo de paz de 6 de Agosto de 2019, entre o Governo e a Renamo.

“O país tem estado a enveredar por uma política de paz. Esses acordos visam essencial e fundamentalmente trazer ambiente de paz e harmonia social no país. É esta mensagem que nós devemos transmitir e continuar a transmitir além-fronteiras”.

O parlamentar refere que a paz deve ser verdadeira, efectiva e com verdadeira reconciliação nacional, porque sem reconciliação nacional não há paz.

“A paz não é apenas a ausência de guerra. A paz é muito mais do que isso. É a justiça social, é a reconciliação nacional, é a coabitação política, é a coabitação de ideias diferentes. A paz pressupõe um leque enorme de pressupostos que, de facto, constituem a premissa fundamental para a sobrevivência de um Estado”, esclarece, assegurando que o Estado moçambicano vai estar sempre disponível para desempenhar um bom papel no concerto das nações, referindo como Estado, neste caso, a população moçambicana e os órgãos de soberania.

A campanha de Moçambique para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas decorre desde 16 de Setembro de 2021, tendo sido lançada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

Todavia, José Manteigas afirma que o Parlamento moçambicano não teve papel relevante, mesmo sendo o órgão de representação de todos os moçambicanos.

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