O Presidente da República, Filipe Nyusi, recomenda os diplomatas moçambicanos a prosseguirem com maior intensidade a mobilização de apoios para que o país possa alcançar êxitos na sua pretensão de ser eleito membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a que se candidata para o mandato 2023-2024.
A recomendação do Chefe de Estado acontece quando falta perto de um mês para a eleição dos membros do Conselho de Segurança, que terá lugar a 9 de Junho, em Nova Iorque, Estados Unidos da América, durante a Assembleia-Geral da ONU.
“Exploremos todas as excelentes relações que mantemos com vários países até à data das eleições”, recomendou o estadista, quando falava hoje na abertura do 10.º Conselho Coordenador do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, em Maputo.
A campanha da candidatura de Moçambique decorre desde 16 de Setembro de 2021, lançada pelo próprio Presidente da República, tendo o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Leonardo Simão como Embaixador Itinerante do país encarregue de promover internacionalmente esta candidatura.
Caso seja eleito, Moçambique vai substituir o lugar agora ocupado pelo Quénia no Conselho de Segurança da ONU.
Filipe Nyusi saudou o facto de o país estar a tirar proveito das suas “excelentes relações” de irmandade, amizade e cooperação com o Quénia, referindo-se ao facto de este país da África Oriental ter mandatado para Moçambique, em Abril, uma equipa técnica para sessões de indução e de partilha de experiências sobre o seu desempenho no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Esta é a primeira vez em 46 anos de filiação à ONU que Moçambique concorre a membro não permanente do organismo.