O Presidente da República, Filipe Nyusi, defende a priorização de abordagens regionais no combate ao terrorismo e extremismo violento, que, embora seja uma ameaça global, é particularmente crítico em África, onde o epicentro é actualmente a região do Sahel.
O estadista moçambicano expressou este posicionamento no debate de alto nível que dirigiu no dia 28 de Março no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, subordinado ao tema “Combate ao terrorismo e prevenção do extremismo violento através do reforço da cooperação entre as Nações Unidas e os organismos e mecanismos regionais”, no quadro da presidência rotativa mensal do órgão que detém desde 1 de Março.
Nyusi sustentou o seu posicionamento com os avanços, por exemplo, no combate ao terrorismo no país, com o envolvimento de uma força regional, a SAMIM, e do Ruanda, o que decorre da experiência que os países africanos, a União Africana e as organizações regionais têm acumulado na resolução de conflitos.
“O estabelecimento de uma missão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SADC), com uma componente importante militar que desde Julho de 2021 se encontra empenhada no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, evidencia que a abordagem soluções africanas para problemas africanos não é um mero discurso pan-africanista ou narrativa vazia, mas um princípio que procura capitalizar experiências locais na busca de soluções”, referiu.
Segundo Nyusi, trata-se de um modelo simples, fácil de monitorar, que comunica facilmente e logra sucessos com alguma brevidade. Entretanto, referiu-se à importância de colaboração e responsabilização entre as Nações Unidas e os mecanismos e organismos regionais e sub-regionais na manutenção da paz e segurança internacionais, à luz da Carta das Nações Unidas, que oferece um quadro apropriado para o efeito.
Na ocasião, o Presidente da República pediu apoio para que o terrorismo seja erradicado do país e da região, e, no âmbito da oitava revisão da Estratégia Global de Contraterrorismo, prevista para Julho deste ano, sugeriu que se considere a criação de um mecanismo comum para a resiliência comunitária que previna o extremismo violento conducente ao terrorismo, que poderá traduzir-se no estabelecimento de um fundo para o fortalecimento de iniciativas de desenvolvimento local.
O debate de alto nível contou com a participação do secretário-geral da ONU, António Guterres; presidente da União Africana, Azali Assoumani; presidentes do Gana e da Suécia, respectivamente Nada Akufo-Ado e Alain Berset; representantes do Ruanda, Gabão, Emirados Árabes Unidos, entre outros convidados.
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